Certificação de obras
O método de certificação de autenticidade das obras de Tarsila do Amaral é feito baseado em três pilares:
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Jurídico (ou documental)
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Científico
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Estético
No primeiro pilar, faz-se uma pesquisa profunda da documentação disponível da obra em questão, na tentativa de rastrear seus passos desde que saiu das mãos ou do ateliê da artista ou o mais próximo disso. Além disso, recorre-se a pesquisas e comparações com obras de vulto e relevância com autenticidade confirmada.
Na parte científica, é a analisada a materialidade da obra.
Questões como os materiais que a compõe; a composição química das tintas; a forma de preparar a base da pintura; a análise de esboços e correções até a maneira de dispor as tintas e a organização de traços e pinceladas.
Por fim, mas não menos importante, temos a parte histórica e estética do artista em questão. Seus gostos, temas recorrentes, fases, períodos de composição, locais e preferências de execução etc.
No entanto, nenhum desses três pilares funciona isoladamente.
Como a criação artística assume múltiplas dimensões, a abordagem para analisar uma obra de arte deve ser inter e multidisciplinar e saber escolher os métodos a serem utilizados em uma perícia é essencial.
No caso da obra da Tarsila, utilizamos técnicas desde as mais simples organolépticas, com luzes e imageamento até as mais complexas como o escaneamento de raio-x, infravermelho, microscopia e hiper espectrais, reflectografia de infravermelho.
Toda perícia funciona com uma base sólida de dados e informações e nenhum exame isolado pode responder integralmente pela autenticidade de uma obra.